Fabiana Pereira de Matos era só tristeza em maio deste ano. Aos 42 anos, chorava a ausência dos dois filhos, Samuel e Jéssica. Mas, 2017 reservava um grande presente de Natal para ela. Depois de 20 anos procurando pelas crianças, ela, sozinha, venceu o tempo e a distância, conseguindo encontrá-los do outro lado do Oceano Atlântico. Os jovens moram na Itália e também foram retirados da família pela Justiça de Jundiaí em 1997.

O Jundiaí Agora (JA) entrou em contato com Fabiana através da ONG PDBeH – Pessoas Desaparecidas Brasil-Holanda. Ela imaginava que Samuel e Jéssica poderiam estar naquele país. Quando o JA falou com a instituição para tratar do caso de dois irmãos de Jundiaí adotados por um casal holandês, foi informado da busca solitária de Fabiana. “Já conversei com o pessoal da Holanda. Eles ficaram muito felizes com a localização dos meus filhos”, contou.


A PARTICIPAÇÃO DE FABIANA NA SÉRIE ‘ADOTADOS À FORÇA’

Sem a ajuda de Fabiana Pereira de Matos talvez a série de reportagens ‘Adotados à Força’ demoraria anos para ser feita. Ou talvez jamais teria sido publicada. Ela teve papel fundamental já que passou os números de telefones de várias mães que também tiveram os filhos retirados e ainda mantinha contato. Em alguns casos, até conversou com mulheres que não queriam dar entrevistas e as convenceu de que relembrar o caso poderia ajudar na localização dos filhos. A partir do primeiro contato com o Jundiaí Agora todos os dias ela mandou um ‘bom dia’ para a redação através das redes sociais. Quando a saudade apertava mais, Fabiana enviava um áudio perguntando se o JA tinha alguma informação sobre os filhos dela. Infelizmente não tínhamos nada de positivo para passar para Fabiana. Ela própria venceu a distância e o tempo.


“Estou ansiosa. Eles ficaram de vir ao Brasil para me ver”, comentou Fabiana, que conseguiu uma proeza e tanto, maior talvez do que ganhar um prêmio na mega-sena. Ela não tinha a mínima ideia de onde os filhos estariam. Ora pensava que estavam no Brasil. Ora, de que tinham sido adotados por holandeses. “Resolvi fazer uma busca na internet usando o nome do Samuel. E ele apareceu”, lembrou.

A partir daí, começaram a conversar. Mas havia um problema. Para Samuel, os pais biológicos tinham morrido. Por isto ele e a irmã, Georgea, tinham sido adotados por italianos. Outro problema: a filha de Fabiana se chamava Jéssica. No entanto, utilizando o tradutor do celular, Fabiana foi passando informações sobre as crianças até que uma pinta, um sinal na pele do garoto, acabou com todas as dúvidas. Sobre o nome da menina, que hoje é cantora, a família italiana o trocou.

“Sei que os dois foram bem cuidados e bem criados. Ficaram surpresos ao saber que eu estou viva(o pai deles de fato morreu). Por enquanto não querem que falar sobre a vida na Itália”, contou Fabiana. Ela utiliza todos os recursos modernos para conversar com frequência com eles. Agora, espera que os dois retornem para Jundiaí em breve.

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