É importante saber que sessões de massagem, a massoterapia, não só ajudam a relaxar como também podem servir de tratamento para alguns problemas de saúde, dentre eles a depressão.

Os métodos de massagem terapêutica são simples e eficientes para produzir respostas mediadas por meio do sistema nervoso, da interação com o sistema endócrino e dos sistemas circulatórios.

A massagem terapêutica é capaz de ajudar a diminuir o uso de fármacos em casos de manifestações brandas de sintomas em determinadas disfunções, diminuindo o risco de efeitos colaterais.

O uso da massagem para ansiedade, a depressão e principalmente a dor crônica, pode ser extremamente benéfica concomitante com um tratamento cognitivo-comportamental.

É comum que o tratamento físico, o toque realizado, seja capaz de alterar o estado psicológico do paciente, em alterações no seu estado de humor, uma nova percepção da imagem corporal e em mudanças de comportamento.

OUTROS ARTIGOS DA PSICÓLOGA DANIELA MENICALLI:

A FIDELIDADE DOS ANIMAIS (2): CADA UM DOS BENEFÍCIOS

A FIDELIDADE DOS ANIMAIS, NA ALEGRIA E TAMBÉM NA TRISTEZA

DEPRESSÃO: ADULTOS, ADOLESCENTES E CRIANÇAS PODEM TER SINTOMAS

QUAIS AS CAUSAS DA ANSIEDADE E DO PÂNICO? COMO SUPERÁ-LAS?

SERÁ QUE VOCÊ ESTÁ SOFRENDO DE SÍNDROME DE BURNOUT?

A ANOREXIA E A BULIMIA NERVOSA, PROBLEMAS DA NOSSA SOCIEDADE

Os conceitos que explicam os efeitos da massagem terapêutica, baseiam-se que ela age diretamente nos tecidos moles ou fluidos corporais, estimulando o sistema endócrino, nervoso, as substancias químicas, respondendo também com efeito placebo para o corpo.

O nosso sistema nervoso responde aos métodos de massagem terapêutica por meio da estimulação dos receptores sensoriais pelo toque. Esta estimulação interrompe um padrão existente nos centros de controle do sistema nervoso central, resultando numa mudança de impulsos motores. Esta mudança acarretaria uma alteração da homeostase (equilíbrio do organismo) e regularia os padrões vitais e a liberação de neurotransmissores.

A maioria dos problemas de comportamento, humor e percepção de estresse e dor são causadas pela desregulação bioquímica.

A massagem regularia esses níveis bioquímicos, melhorando a ansiedade, atenção e diminuindo os traços depressivos.

 

Algumas substâncias neuroendócrinas influenciadas pela massagem são:

Dopamina: influencia a atividade motora e do humor.

Endorfinas: substâncias que levantam o ânimo, que dão suporte à saciedade e modulam a dor.

A massagem aumenta os níveis disponíveis destas substâncias. A duração do efeito da massagem, em função do esgotamento da endorfina é mais ou menos de 48horas.

Ocitocina: ligada a sentimentos de atração, junto com a suas funções mais clinicas durante a gravidez e lactação.

Serotonina: regula o humor e reduz a irritabilidade. Modula o ciclo de sono/vigília. Um baixo nível de serotonina tem implicação na depressão, transtornos obsessivos-compulsivos, problemas de dor no corpo e transtornos alimentares.

Cortisol: hormônio liberado durante períodos estresse prolongado (pelas glândulas suprarrenais). O estresse e a depressão podem estar correlacionados – o que justifica o fato do uso da massagem e pacientes estressados, ansiosos e deprimidos.

Hormônios de crescimento: a massagem dinamiza, de forma indireta, a disponibilidade do hormônio de crescimento, encorajando o sono e reduzindo o nível de cortisol.

LEIA TAMBÉM:

A ANOREXIA E A BULIMIA NERVOSA, PROBLEMAS DA NOSSA SOCIEDADE

GENIALIDADE

SINTOMAS E SINAIS DOS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

SAIBA O QUE É MUTISMO SELETIVO

CRIANÇAS AGITADAS E CRIANÇAS COM TDHA

A massagem terapêutica através de pesquisas, demostram que existe um índice de aumento nos níveis de dopamina, serotonina, endorfina e ocitocina e reduz os níveis de cortisol. No qual são hormônios relacionados com pacientes deprimidos.

Sendo a depressão um problema tão sério e relevante pelo seu sofrimento e comprometimento no funcionamento adaptativo dos pacientes o uso da massagem juntamente com psicoterapia e medicação necessária, seria uma combinação perfeita.

 

MASSOTERAPIADANIELA MENICALLI

Psicóloga clínica, mestre em Distúrbios do Desenvolvimento, com formação há 18 anos. Atualmente responsável pelo Instituto Daniela Menicalli de Psicologia e professora coordenadora na Faculdade Fia – USP.