A inteligência artificial vai mudar ainda mais o mundo. Já está mudando, o que nem todos percebem. Um jovem francês resolveu criar a empresa “Wonderlegal”. Resolve problemas jurídicos para evitar a judicialização. Já está em nove países, cresce 400% ao ano e seu melhor advogado é um computador!

Catalogar todas as opções mais rotineiras de questionamentos e tentar respondê-los, faz com que o cérebro da máquina seja mais rápido e eficiente do que o humano. Aquilo que já está acontecendo com a burocracia, vai chegar a outros campos.

Os setores de extrema regulamentação ganham bastante com o uso do BI, o Business Intelligence. São as “machine learning”, as máquinas capazes de aprender, que estão hoje atendendo às reclamações no setor de telecomunicações. Logo em seguida estão os Bancos e em terceiro as seguradoras.

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O atendimento é tão perfeito que as pessoas humanas atendidas chegam a conversar com a máquina e a desejar a ela bom dia, agradecer pela gentileza e formular votos que não formularia se soubesse que o sistema é artificial.

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A elaboração de contratos também é um nicho que está atendendo a muitos interesses. O sistema de inteligência artificial no J.P.Morgan chega a interpretar doze mil contratos de empréstimos comerciais por ano, reduzindo as 360 mil horas despendidas por advogados e analistas de crédito. Há menos erro no processo administrativo, pois o erro, em regra, é humano. Documentos completos são checados em alguns segundos. Também se paga seguro mais rapidamente com a inteligência artificial. O sistema dispensa a intervenção humana e o prazo para o pagamento do seguro passa de quinze para três dias.

Há um campo imenso aberto para a inteligência artificial. Os humanos que se cuidem e tratem de ser criativos, engenhosos e aptos para que muitas profissões não sejam descartadas, sem que a “era do ócio” tenha chegado para que só desfrutemos do lazer, do prazer e do deleite.


JOSÉ RENATO NALINI

É secretário estadual de Educação e desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo.