A “internet das coisas” foi expressão que surgiu em 1999, na empresa Procter Gambles e que rapidamente mudou o mundo. É a conectividade entre aparelhos, instrumentos, roupas e, num futuro muito breve, o próprio corpo humano. Milhões de conexões já existem e, em 2020, calcula-se que os negócios delas resultantes atinjam alguns trilhões de dólares.

O campo mais fértil foi o da segurança. No mundo inseguro e de incertezas em que se vive, há natural preocupação com a garantia da própria vida e da incolumidade física. O primeiro uso da inteligência artificial foi a porta de entrada das residências. Ela já reconhece o dono ou os outros moradores pela digital, pela íris, pela voz. Em seguida, os veículos foram a “bola da vez”. Pensando na segurança das pessoas e no patrimônio em jogo, é possível acompanhar o trajeto de um carro com toda a segurança.

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A entrega de produtos sensíveis também passou a merecer monitoramento contínuo. Medicamentos, valores, eletrônicos, tudo foi objeto de um aprimoramento dessa estratégia.

Mas as máquinas continuam a desenvolver sua inteligência artificial. Geladeiras já avisam o fornecedor de que falta um produto. Ele reabastece a casa automaticamente e debita a compra no cartão de crédito do adquirente.

Aos poucos, teremos de nos acostumar com isso e portar chips em nosso próprio corpo. Os equipamentos se tornam a cada dia mais espertos e haverá a necessidade de acompanharmos esse desenvolvimento. Por isso é que o conselho que se pode oferecer às crianças e aos jovens é o de um estudo cada vez mais profundo. De pouco valerá a tecnologia se não houver um ser humano também preparado e pronto a realizar novas conexões, a encontrar finalidades para uma ciência que acelera as descobertas e aperfeiçoa uma tecnologia já disponível e cada vez mais sofisticada.

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Precisamos de cientistas, de inventores, de empreendedores, de pessoas criativas e aptas encontrar alternativas que facilitem a vida e ao mesmo tempo sejam acessíveis a todos, não apenas aos privilegiados. Esse o desafio lançado para as novas gerações, que enfrentarão mais uma enorme questão: a maior parte das profissões hoje existentes desaparecerá nos próximos vinte anos. E daí? Os que tiverem estudado bastante não encontrarão dificuldades para uma subsistência digna. E esperamos sejam a imensa maioria.

 

ESTUDARJOSÉ RENATO NALINI
É secretário estadual de Educação e desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo.