Não é fácil, nem recomendável, prever o futuro. As profecias costumam falhar. Mas nada impede se tente um exercício de futurologia à luz daquilo que serve como indício. A situação mundial não é boa. A mais grave ameaça contra a Humanidade é o aquecimento global. Muito discreta a reação dos líderes mundiais em relação à redução dos gases produtores do efeito estufa. A insensatez ianque pode animar outros insensíveis. Isto levaria a um futuro sombrio.

Mas também existe um cansaço em relação à Democracia Representativa. É preciso reinventar o processo democrático, ampliar a participação do povo no exercício do poder. Incluir o recall, o veto popular e outras estratégias da Democracia Semidireta para intensificar o déficit de implementação da Democracia Participativa.

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No Brasil, é urgente reduzir o número de partidos, acabar com Fundo Partidário e enxugar drasticamente a máquina obsoleta da Administração Pública em todas as esferas. Nos municípios também. Quem não arrecada com seus tributos o suficiente para manter-se, não pode aspirar a autonomia. Precisa voltar à condição de agregado a uma entidade federativa maior.

Mas há sinais evidentes de outras complicações. A desindustrialização resultante da 4ª Revolução Industrial fecha fábricas, torna empresas obsoletas, acaba com empregos. A globalização torna fácil migrar para países onde o sistema tributário favorece o empresário, que abandona o Brasil onde a carga fiscal é imensa. Isso põe à mesa das preocupações a urgência de uma educação de qualidade para o trabalho do século XXI, que não é o do século XX.
Uma das consideradas vantagens da contemporaneidade, o avanço científico e tecnológico aumentou a longevidade. É o que fará crescer o número de idosos, sem trabalhar, dependendo de proventos e pensões e exigindo tratamento de saúde cada vez mais dispendioso.

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O vaticínio de Robert Shapiro, que escreveu em 2010 “A Previsão do Futuro”, já está se mostrando no Brasil. Basta verificar o número de empresas que deixou de funcionar, os imóveis para alugar que não encontram inquilinos, a fila dos desempregados que só faz aumentar. E o desalento que precisa ser tratado como enfermidade séria.
Um país precisa de entusiasmo para crescer. E de mais entusiasmo ainda quando, além de voltar ao desenvolvimento, é urgente resgatar os valores vilipendiados por um intolerável maltrato à coisa pública e total desrespeito à ética. Todas as pessoas de bem e de boa vontade estão sendo conclamados a atuar desse projeto de redenção brasileira, para que o futuro ofereça à infância e juventude perspectivas mais favoráveis do que as extraíveis da avaliação dos observadores externos. (foto acima: www.br.freepik.com)

 


JOSÉ RENATO NALINI

É secretário estadual de Educação e desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo.