Eleições 2018 – JULIÃO diz que ainda é cedo para falar de projetos

O ex-vereador Júlio César de Oliveira, o Julião, é o pré-candidato do PSB de Jundiaí a deputado estadual. Até o dia 28 de abril, ele estava se preparando para disputar uma cadeira da Câmara dos Deputados, em Brasília. Como Junior Aprillanti decidiu deixar a Assembleia Legislativa (Alesp), se tornar secretário estadual do Turismo e não disputar as próximas eleições, os planos do partido mudaram. Julião passou a ser o pré-candidato à Alesp. Para Brasília, o presidente do partido, Oswaldo Fernandes, sonha em mandar a ex-delegada Fátima Giassetti. Mas, segundo os bastidores políticos, ela não quer concorrer. Júlio Trata o assunto com sutileza. Para ele, “ainda é cedo para se falar em projetos. Nos próximos dias tudo deverá estar definido no PSB”, diz.

Para que não conhece o senhor, qual a sua profissão e idade?

Este ano estou completando 40 anos de formado em Odontologia pela Unicamp. Tenho 62 anos e sou natural de Olímpia, em São Paulo.

No poder: Julião com Alckmin e Ary Fossen (já falecido)

Quantas vezes foi vereador? Em quais legislaturas?

Fui vereador em três legislaturas seguidas, ou de 2001 até 2012. Nos dois últimos anos fui presidente do Legislativo…

Alguma vez foi candidato a deputado? Quantos votos teve?

Fui candidato a deputado estadual em 2006. Obtive 28.970 votos.

O senhor foi presidente da Câmara e chegou a assumir a Prefeitura.  Nunca teve vontade de ser candidato a prefeito?

Foi uma honra e uma grande responsabilidade ter sido prefeito de Jundiaí por 10 dias. Também foi uma honra e responsabilidade ter sido vereador, presidente da Câmara e secretário de Saúde. Quanto à vontade de ser prefeito, isto nunca passou pela minha cabeça. Creio que meu perfil é mais para o legislativo.

Quais os projetos que destaca enquanto vereador?

Jundiaí tem uma lei que nasceu de um projeto meu que determina à Prefeitura que só use madeira certificada. Os circos sem animais também são uma proposta minha. Se hoje Jundiaí não tem rodeios é porque impedi utilizando a tribuna. O projeto foi votado e rejeitado em plenário. A criação do Cobema é um projeto meu juntamente com o vereador Leandro Palmarini. Também tenho uma proposta de 2012 que instituiu a comissão de transição entre prefeitos. A ideia foi colocada em prática quando Miguel Haddad passou a Prefeitura para Pedro Bigardi e também quando Bigardi deixou o Executivo para Luiz Fernando Machado. É uma lei que dá transparência à saída e entrada de novas administrações. Também tenho projetos bons e que não prosperaram. O do reuso da água foi assim. Outro foi o da utilização de parte do dinheiro arrecadado em pedágios ser destinado aos pronto-socorros da cidade. Este foi julgado inconstitucional.

Encontro: Júlio César de Oliveira e as lideranças do PSB, em São Paulo

Há quanto tempo está afastado da vida pública?

Na realidade não estava exercendo um cargo. Na vida política ninguém se afasta por completo. Você está sempre fazendo política. Desde 1º janeiro 2013 estava sem um cargo. Voltei para o consultório e continuei administrando uma empresa de reciclagem de lixo eletrônico. Em março de 2017, o Aprillantti me convidou para trabalhar na assessoria dele.

Por que decidiu se candidatar agora?

Candidatar-se não é uma escolha pessoal. Você faz parte de um time político e alguém acaba sendo colocado para enfrentamento na urna. Tudo estava encaminhado para o Aprillantti ser candidato novamente à Assembleia. Eu seria candidato a deputado federal. Agora, ele aceitou ser secretário estadual do Turismo. Eu, a princípio, disputarei uma vaga na Assembleia. Por isto é muito cedo para falar em planos, projetos…

Tem ideia de quantos votos precisará fazer para se eleger?

No PSB acreditamos que um candidato a deputado estadual precisará entre 60 a 70 mil votos para se eleger. Já um deputado federal, de 80 a 90 mil votos.

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Se não se eleger, esta campanha servirá para colocá-lo de novo na vitrine e deverá concorrer à Câmara daqui dois anos?

Não sabemos o que vai acontecer nesta eleição muito menos o que ocorrerá na de 2020. Voltado para 2018, é claro que a exposição numa campanha para deputado traz um recall positivo para a próxima eleição.

Como será sua campanha? Vai se concentrar só em Jundiaí?

Jundiaí será a base principal. Mas não ficaremos só aqui. A ideia é expandir para toda a região chegando até Itatiba, Cajamar, Santana do Parnaíba, Franco da Rocha. Temos parentes e amigos mais no interior. Também iremos buscar uns votinhos nestas cidades, assim como candidatos de fora vêm a Jundiaí.