Primeiro projeto desenvolvido pela Honda especificamente para o mercado brasileiro, o WR-V mistura o conforto de um automóvel compacto à versatilidade de um utilitário. Essa mistura de estilos, que a gente já tratou várias vezes por aqui, foi chamada pela indústria automotiva de crossover. E essa proposta traduz muito bem o espírito deste novo Honda.
Desenvolvido sobre a plataforma do Fit, o crossover compacto da Honda busca soluções de design que o descolam do modelo de origem, apostando uma aparência robusta, típica dos utilitários esportivos. A primeira solução surge na dianteira, mais alta e plana. A grade cromada, que segue o padrão adotado pelo novo Civic, percorre praticamente toda a dianteira e invade a área dos faróis. Para se diferenciar do Fit, os faróis maiores garantem a cara de mau. Na traseira, as lanternas invadem a tampa do porta-malas ampliando a sensação de largura do veículo.
Apesar de a lateral remeter ao Fit, os designers da marca usaram vários recursos para reforçar a maior altura do WR-V. Uma moldura preta percorre toda a carroceria, passando pelas caixas de rodas. Essa sacada de estilo passa a impressão de que as caixas são maiores e de que o carro está mais alto do chão. Aliás, o WR-V tem altura livre do solo de 20,7 centímetros, garantida em parte pelos pneus 195/60, de aro 16.
Com isso, o crossover compacto da Honda roda sem problema em estradas de terra esburacadas e até consegue superar obstáculos maiores graças aos excelentes ângulos de ataque e de saída – 21 graus na dianteira e 33 na traseira, que certamente fariam o seu irmão mais velho enroscar…
A mecânica é a mesma do Fit, com motor 1.5 16 válvulas, que produz 116 cavalos e 15,3 kgfm a 4.800 rpm, abastecido com etanol. Mais pesado devido aos apêndices acrescentados, o WR-V chega aos 1.130 kg, 29 kg a mais que o Fit EX. As mudanças também afetaram o consumo que ficou na média de 8,5 km/l na cidade e 12 km/l na estrada abastecido com álcool.
Ao volante, a sensação de dirigir afasta ainda mais o WR-V do Fit. A impressão é que o crossover é um pouco mais lento nas arrancadas e retomadas de velocidade. Além disso, o modelo passa mais segurança nas curvas, apesar da altura maior.
A explicação pode estar em algumas alterações no projeto, como a bitola quatro centímetros mais larga, braços de controle inferiores com novas buchas e amortecedores mais firmes. O eixo de torção traseiro mais rígido também atenua a rolagem nas curvas, no que ajuda a barra estabilizadora dianteira mais robusta. Outra mudança que altera a dirigibilidade é o entre eixos 2,5 cm maior que o do Fit. Essa mudança foi conseguida deslocando o eixo dianteiro um centímetro à frente e o traseiro recuado em 1,5 cm.
Por dentro, o WR-V lembra muito o Fit, caso do painel e do sistema de movimentação do banco traseiro, que permite até rebatimento do assento. Graças ao tanque de combustível localizado sob os bancos da frente, foi possível melhorar o espaço nos assentos de trás. Além disso, o porta-malas, com capacidade para 363 litros de carga é similar ao do EcoSport.
Avaliamos a versão topo de linha, EXL, mais cara. Mesmo nela, o acabamento é simples, com detalhes que acabam fazendo falta como a ausência do sistema de espelhamento de celular,luzes para os espelhos do quebra-sole comando elétrico do tipo “um toque” apenas na janela do motorista. Além disso, o câmbio CVT não oferece a possibilidade de trocas, oferecendo apenas as opções Sport, que faz as mudanças em rotações mais altas e Low, que também mantém o giro mais alto, para dar mais torque, só que nas velocidades mais baixas. Só para lembrar, na versão completa do Fit dá para fazer a troca sequencial de marchas por meio dos paddle shifts, que são aquelas borboletas atrás do volante. ©Joaquim Rimoli | AutoMotori
Comercial da Renault brinca com a paixão pelo Soul de James Brown
O comercial desta semana fez sucesso em vários países e se inspira na paixão de um jovem pela música. Produzido em 1999, na Argentina, o filme feito para lançar a versão criada em parceria com o canal de música MTV, mostra um rapaz que trabalha como faxineiro num bar de beira de estrada.
Ele só consegue cantar uma parte do refrão de uma música do padrinho do soul, James Brown, que pelo visto não sai da cabeça dele… Uma pena que o filme é de uma época em que a TV ainda era analógica, por isso a qualidade não é das melhores. Mesmo assim, vale pela ideia genial! Bom, o resto da história você confere no filme, senão perde a graça, certo? Divirta-se! ©Joaquim Rimoli | AutoMotori
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