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A taxa de juros básicos, de 7% ao ano, anunciada pelo COPOM na última quarta-feira (6), é a menor da nossa história. Com isso, os financiamentos ficarão mais baratos e a economia poderá gerar mais empregos e maior renda. Na semana passada, na comparação entre terceiro trimestre de 2016 com o mesmo período de 2017, a taxa de crescimento do PIB – a soma de tudo o que o País produz – foi de 1,4%. A partir do conjunto dos índices positivos que se mantiveram praticamente ao longo de todo o ano, poderemos ter um aumento do PIB em 2018 entre 3,5% e 4%, crescimento muito próximo do necessário para avançarmos continuadamente.

Afinal, o que significa isso? Para a maioria da população, esses números não significam nada. O que importa é o que acontece no dia a dia. E os efeitos desses índices somente poderão ser sentidos daqui a algum tempo, a partir do primeiro trimestre do ano que vem.

Do meio do ano para frente, se os índices seguirem essa trajetória, o desafogo já será nítido. Teremos aí o ingrediente que falta para tornar essa previsão realidade: o aumento da confiança da população nos caminhos que o País está seguindo.

Hoje em dia, com a Nação coberta pelo manto da desesperança, mencionar esses fatos, é, no mínimo, uma temeridade. Na hora em que um artigo como este, que faz esse registro, é publicado, vem uma enxurrada de comentários, acusando o autor de viver no mundo da lua, quando não de tentar vender ilusões.

E não deixam de ter razão. Afinal, pode acontecer exatamente o contrário. Com os interesses corporativos agindo a todo vapor para estancar as mudanças, forçando a manutenção de seus privilégios, tentando manipular a opinião pública, a ameaça de paralisação das medidas que estão fazendo o motor da economia engrenar é real. Nesse caso, voltaremos para onde estávamos, e o cenário será novamente de aumento do desemprego, da taxa de juros, da carestia e da desesperança.

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O que esses índices indicam é que, se continuarmos nessa trilha, há uma possibilidade real de conseguirmos sair da crise de forma definitiva e voltarmos a crescer.

O mais sensato seria procurar assegurar isso, não é verdade? Mas nem sempre é o que acontece. A marcha da insensatez muitas vezes tem prevalecido ao longo de toda a história da humanidade. E isso também é um fato. (Ilustração acima: www.fecomercio.com.br)


MIGUEL HADDAD

É deputado federal pelo PSDB e ex-prefeito de Jundiaí