Michel Temer vem lutando, quase que desesperadamente para se manter no poder. E esta luta começou no dia 12 de maio do ano passado – há praticamente 11 meses – quando assumiu o cargo de presidente da República interinamente. A luta continuou três meses e 19 dias depois – exatamente no dia 31 de agosto – quando Dilma foi afastada, de uma vez por todas, do cargo! O país, sob o comando de Temer, não vai bem – e já não ia no tempo de Dilma! A economia está vivendo sua maior crise, o desemprego supera os 13 milhões, o projeto de reforma da Previdência é criticado pela população. Vale tudo pelo poder!

Se não bastasse tudo isso, o Congresso vive uma tentativa de reforma política, tentando abrandar a criminalidade, principalmente no que diz respeito ao famoso Caixa 2. Mas Temer teme pelo pior: a cassação da chapa formada por Dilma e ele o que poderia lhe custar um mandato que não foi tão difícil conseguir, graças ao desastre que foi o governo desta mulher.

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E Temer busca saídas desesperadas para se manter onde está: sua defesa luta para tentar invalidar a delação da Odebrecht, que é a empresa que custeia os políticos dentre de seus interesses em manter obras avaliadas a preço de ouro. E a luta não é só esta: Temer que, se conseguir invalidar tal delação, acelerar o processo de julgamento, mas se o tiro sair pela culatra, quanto mais demorar para julgar, melhor para ele que, assim, vai esticando seu período de presidente desta República que está à beira do caos.

Além disso, há um pequeno – ou grande – problema cercando o Planalto e ele se chama Eduardo Cunha. Condenado a 15 anos de prisão o ex-deputado tenta repatriar recursos – aqueles que ele negou ter no exterior – para poder sobreviver. Como se preso precisasse de dinheiro…(foto acima: EBC/Beto Barata)

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Por outro lado, pensa o ex-deputado em fazer um acordo de delação premiada. E é aí que está o problema do atual governo. Até que ponto Cunha vai meter o machado neste governo?

TUDONELSON MANZATTO 
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com