Existem profissionais em todas as áreas: o político profissional, o palhaço profissional, o jornalista profissional, enfim, especialistas em suas áreas. Francisco Everado Oliveira Silva, o Tiririca afirmou, em seu discurso – o único que fez no plenário da Câmara – que saía decepcionado com a política. Ele demorou sete anos para sentir esta decepção! Quando se candidatou pela primeira vez, já havia político preso – no famoso Mensalão que só não incriminou o então presidente da República, o Lula da Silva. E seu slogan dizia que “pior do que está não fica, vote em Tiririca!” Jogada de marketing ou não, o fato é que ele abocanhou sua primeira eleição. E nunca – em sete anos – faltou uma vez às sessões da Câmara.
Quando se candidatou à reeleição, a Operação Lava Jato já existia. A reeleição ocorreu em 2014 e a Lava Jato começou em 2009, até mesmo antes de sua primeira eleição. O que se percebe é que ao discursar e dizer que estava decepcionado, o palhaço profissional esqueceu que a decepção existia antes de sua candidatura. E se ele tentava acabar com a corrupção ou colocar ordem na política, não soube agir e nem fazer política. Cuspiu no prato que comeu e quis sair como herói! Não foi profissional na política.
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A corrupção impera na política brasileira há várias décadas. Ela ganhou conotação de decepção, podemos dizer assim na política, durante o governo Collor de Melo. Nascido em 1965, o palhaço profissional tinha então tinha, em 1992, quando a corrupção no governo do dito presidente surgiu, 27 anos. Podia não ter aprofundamento político na época, mas já passava por sua vida a corrupção na política.
Então, não venha dizer que sai da política agora, decepcionado com as denúncias de corrupção. Antes mesmo de tentar ser profissional nesta área a corrupção já existia, exatamente como disse acima no seu primeiro slogan como candidato. Decepção deve ter seu eleitor que confiou nele como deputado. Se bem que ninguém deve ter confiado que ele fosse fazer um bom trabalho na política. Demorou a acordar senhor Tiririca! E seu nome não ficará marcado na história como um herói, mas como alguém que demorou sete anos para acordar! (foto acima: Agência Brasil)
NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com
