Os bichos do Jamilson: sumiço de Neguinha e as MORTES de Boneca e Coragem

Retomando aqui a saga com nossos filhos de pelos e patas, recordo agora de dois episódios tristes: o sumiço de uma de nossas cadelinhas e as mortes de outros dois. Nossa “Neguinha” muito provavelmente tenha sido criada em apartamento, pois mesmo dispondo de uma ampla chácara, só fazia suas necessidades na rua. Todo dia a soltávamos, ela escolhia o melhor lugar (a rua é de terra), fazia e depois sentava no portão esperando que abríssemos para que entrasse. Num dia de Carnaval, havia uma festa numa chácara vizinha e o movimento estava intenso. A Neguinha pediu para sair e nunca mais voltou. Certamente foi roubada, pois era muito bonita. Minha esposa ficou numa tristeza só.

Passados alguns dias, ela viu no facebook o anúncio de uma cachorra que perambulava pelas ruas e era tratada pelo pessoal de uma lanchonete. Era igualzinha a Neguinha. Mas não era ela. Essa cachorra estava em Osasco. O coração da Néia, no entanto, bateu mais forte. Mas tinha mais um problema. Se não bastasse a distância, ela ainda estava prenha. Nada disso foi empecilho. Uma ONG providenciou o transporte e acolhemos a “Boneca” (esse foi o nome que ela ganhou/foto abaixo).

Pouco depois nasceram sete lindos cachorrinhos. Seis foram doados para amigos que sabíamos iriam tratar bem deles. Um ficou porque era diferente. Dificilmente alguém iria querer um cachorro que tinha medo de escuro. Isso mesmo. À noite, quando todas as luzes da casa se apagavam, ele começava a chorar. Não parava até que, pelo menos, um abajur fosse aceso. Quem teria paciência com ele? Só nós mesmo. Isso lhe rendeu o nome de Coragem em alusão a um “cão covarde” que existia num desenho de TV. Um casal que adotou um filhote insistiu para que doássemos a mãe junto, para que o bebê não estranhasse. Relutamos, mas sabíamos que iriam para um lar onde teriam tudo do bom e do melhor.

Para nossa surpresa, um mês depois, eles devolveram a Neguinha, dizendo que ela era brava (o que nunca foi) e que latia muito. Acho que eles queriam que ela falasse. Mas, tudo bem. Só que, passado um tempo, ela começou a ter convulsões. Levamos ao veterinário que receitou Gardenal. Mesmo assim, as convulsões passaram a ser mais freqüentes, até que nossa Boneca se foi, ali, nos meus braços, enquanto falava ao telefone com o veterinário. Não demorou muito para que nosso “Coragem” também adoecesse e, infelizmente para nós, fosse se encontrar com sua mãezinha. Os dois estão na foto principal, lá em cima.

Mas as nossas outras crianças continuaram e continuam nos dando muitas alegrias que eu contarei na semana que vem.

Mantemos hoje em casa 21 animais. São nove cachorros e 12 gatos tirados das ruas. Sempre cuidamos com ração, banho, veterinário, enfim, com tudo que fosse necessário para mantê-los saudáveis. No entanto, há pouco mais de um ano, perdi o emprego. Hoje, em casa, ninguém trabalha. Nem eu, nem minha esposa, nem minha filha. Consigo realizar alguns trabalhos esporádicos e recebo ajuda da família. Mas não tem sido suficiente para cuidar dos nossos filhos de pelos e patas. Alguns estão com problemas de saúde e já começa a faltar ração também. Por isso, sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento, venho pedir a ajuda das pessoas, em nome deles.

Quem puder ajudar, e quiser, pode entrar em contato inbox no meu face – Jamilson Roberto Tonoli; pelo email jamilsontonoli@gmail.com; ou pelo zap (11) 9.9910.0058