Estrada de SANTA CLARA é matadouro de animais silvestres

A quantidade de animais mortos por atropelamento na estrada de Santa Clara, bairro de Jundiaí localizado dentro da Serra do Japi, está assustando os moradores. O último foi lontra. O presidente da ONG Rede de Inteligência e Sustentabilidade da Serra do Japi (RISJ), José  Catossi, informou que medidas urgentes precisam ser tomadas para acabar com estes acidentes. “Eu venho recolhendo muitos bichos que foram atingidos por carros e morreram. Os casos são informados à Prefeitura. É preciso reduzir a velocidades dos veículos que trafegam pela estrada”, comentou. A via se transformou num matadouro de animais que são atingidos ao tentar cruzar o asfalto.

Para Catossi, a via precisa se tornar uma estrada-parque, como a que liga Cabreúva a Itu, e que como objetivo a recreação, lazer, promover a integração do homem à natureza e o desenvolvimento sustentável da região, preservando as espécies da fauna e flora. “Também é preciso monitorar a velocidade dos veículos com equipamentos eletrônicos ou instalar lombadas”, explicou

O presidente da ONG afirma que para acabar com a mortandade de animais é preciso também que a Guarda Municipal tenha um posto avançado no Santa Clara. “O prédio onde fica o Centro de Referência em Educação Ambiental (Cream) é um bom local. Além disto, é preciso que o bairro conte com uma presença marcante da Polícia Militar”, comentou.

Sobre a colocação de placas sinalizando aos motoristas que todo o entorno da estrada tem animais silvestres, Catossi é cético. “As placas são importantes. Mas eu temo que as pessoas que vêm para cá com seus veículos não irão observá-las”, concluiu.

Resposta da Prefeitura – Através da assessoria de imprensa, o Executivo de Jundiaí informou o seguinte: A Fundação Serra do Japi explica que várias ferramentas estão sendo implementadas no Território de Gestão da Serra do Japi para coletar dados que fornecerão o embasamento de ações de curto, médio e longo prazo. Uma das ações é a notificação através do aplicativo da Prefeitura de Jundiaí, dentro da Plataforma Desenvolvimento Sustentável, da presença de animais silvestres vivos ou mortos.

A Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) lembra que ações de orientação aos finais de semana com a participação da Guarda Municipal, da Fundação Serra do Japi, da Polícia Militar, da GGIM, da Polícia Ambiental foram o ponto de partida para o desenvolvimento de ações que já estão acontecendo (pesquisas, ações e projetos para implantação de ferramentas que minimizem os atropelamentos, entender o uso do território, etc). Paralelamente, tem discutido o projeto da Estrada Parque, sobretudo refletindo sobre as questões de como deve constituir a Estrada Parque, como implantar dentro dos limites determinados pelas divisas das propriedades e pelos atributos ambientais do território e como a implantação contribuirá para reduzir acidentes e atropelamentos.

A Prefeitura de Jundiaí também tem a convicção de que a redução dos atropelamentos de animais e de acidentes com pessoas depende muito mais da conscientização daqueles que percorrem a estrada do que de modificações na estrada. As caraterísticas do território, atrativo para as pessoas, exige respeito à fauna e à flora e o traçado da estrada exige cuidado. Portanto, a principal ação é a de educação e conscientização permanente, medida que a Prefeitura tem adotado em todas as oportunidades: no local, nos conselhos, na mídia, nas escolas, etc. Mas, trata-se de uma tarefa com a qual todos podem contribuir. (Atualizada às 14h05)