O Grendacc ( Grupo em Defesa da Criança com Câncer) fechou o ano de 2017 com uma dívida de R$ 4 milhões, segundo declarações da diretora-presidente Verci Bútalo. Pior que o déficit tem sido a falta de perspectivas desta que é uma das mais importantes entidades no tratamento do câncer no Brasil.

O ano de 2017 foi trágico para a entidade, o pior ano segundo Verci. Mesmo com o apelo de muita gente o que se viu na prática foi um conjunto de tentativas frustradas em todas as esferas de governo.

O Ministério da Saúde foi visitado por políticos, e cumprindo o cerimonial, os técnicos de Brasília fizeram a chamada visita técnica a Jundiaí, mas o resultado foi negativo. Nas andanças pela capital federal até o presidente Temer foi visitado e apesar das fotos confirmarem a visita também não tivemos resultado positivo.

Permanecem as esperanças de que o Ministério da Saúde acene positivamente com o credenciamento da UTI e do setor hospitalar,  caso contrário, parece que o hospital terá que fechar as portas em março já que sobrevive apenas das doações da comunidade. Neste caso permaneceria aberto apenas o ambulatório.

OUTROS ARTIGOS DO EX-PREFEITO PEDRO BIGARDI

O DISCURSO DE UM ANO: A CULPA É MINHA, É DA ADMINISTRAÇÃO ANTERIOR…

OS NATAIS DA MINHA INFÂNCIA

O QUE ME MOVE

A CIDADE É A NOSSA CASA E NÃO PODE FICAR ABANDONADA

O PLANO DIRETOR: O BOM DEBATE E OS RISCOS

ALÇAS DA ANHANGUERA, A CERTEZA DO DEVER CUMPRIDO

UM CHEIRINHO DE DITADURA NOS ARES DE JUNDIAÍ

AS INCERTEZAS DE 2018

UM GOVERNO SEM ALMA

OS PRÓXIMOS ANOS

GOVERNAR É OLHAR PARA O FUTURO

O Governo Estadual tem adotado, na saúde, a política de transferir  a responsabilidade para o Governo Federal ou para os Municípios, basta ver o que acontece com o Hospital São Vicente que se mantém graças aos recursos do município, caso contrário, já teria fechado.

Em relação aos municípios que compõe o Aglomerado Urbano, ou seja, Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Louveira, Jarinu e Cabreúva, houve uma tentativa em 2017 de sensibilização para que as Prefeituras dos municípios que utilizam os serviços da entidade, fizessem repasses, de acordo com a capacidade e orçamento de cada um, porém até agora ainda não foi definido um resultado prático. Fica a expectativa para 2018.

Por último a frustração do final de ano quando houve a devolução de 11 milhões do orçamento da Câmara Municipal  para os cofres da Prefeitura. Ocorre que, quando foi definida a devolução, foi anunciado pela Câmara que parte destes recursos seria destinada ao Grendacc, porém isso acabou não acontecendo, gerando novo desânimo na entidade. Em 2013 quando a Câmara anunciou a devolução de recursos a Prefeitura e naquela oportunidade sugeriu que 500 mil reais fossem destinados ao Grendacc, solicitei, como prefeito, um estudo jurídico  e conseguimos o envio do valor de 500 mil reais a entidade.

Que o Grendacc, em 2018, consiga o credenciamento e os recursos necessários para continuar cuidando  das pessoas que precisam dos seus serviços. Assim seja!


PEDRO BIGARDI
É jundiaiense, 57 anos, engenheiro civil, casado com Margarete e pai de Patricia, deputado estadual (2009 – 2012) e ex-prefeito de Jundiaí (2013 – 2016).