Prefeitura revisará marcos legais e criará ECOSSISTEMA de inovação

Para aumentar a competitividade de Jundiaí, a Prefeitura está estudando a revisão dos marcos legais e procedimentos. Também está criando um ecossistema de inovação para melhorar a qualidade de mão de obra. Sobre estes temas, o Jundiaí Agora – JA – entrevistou o gestor da Unidade de Governo e Finanças, José Antônio Parimoschi.

O que seriam marcos legais e procedimentos?

Marcos legais, no contexto citado na demanda, são as leis que regulam a instalação de novas empresas em Jundiaí. A administração atual tem atuado para desburocratizar os procedimentos internos a fim de agilizar o andamento dos processos e, desta forma, fomentar a instalação de novas empresas no município.

A intenção é atrair mais empresas para a cidade e manter as que já estão aqui?

Sim. É compromisso do prefeito Luiz Fernando Machado melhorar o ambiente de negócios a fim de fazer de Jundiaí novamente uma cidade competitiva. Além da já citada desburocratização dos procedimentos internos, o chefe do Executivo municipal tem se reunido semanalmente com representantes de grandes empresas instaladas na cidade para entender as suas demandas e, desta forma, estimular novos investimentos produtivos que gerem emprego e renda.

Além disso, a administração tem atuado ativamente no incentivo ao empreendedorismo por meio de programas de capacitação realizados no Fundo Social de Solidariedade, em parceria com entidades como o Sebrae e o Centro Paula Souza.

Este estudo tem a ver com redução de impostos e outras vantagens para os empresários? 

Neste primeiro momento os projetos vão na direção de simplificação da documentação necessária para instalação de empresas, tratamento diferenciado para micros e pequenos, além de estímulo ao MEI, e também a simplificação da legislação tributária.

Existe uma meta de quantas empresas a atual administração quer trazer para a cidade até o final do mandato? O que elas representariam em R$? Aliás, a atual administração tem uma meta em relação à geração de empregos até o final do mandato?

Difícil estabelecer uma meta quantitativa para a atração de empresas. Porém, o objetivo é tornar Jundiaí novamente uma cidade atraente e competitiva para a instalação de novas empresas e/ou ampliação das já existentes e, desta forma, gerar emprego e renda para os munícipes. Exceção dos empregos públicos, o município não atua como criador de novos postos de trabalho, mas, sim, pode contribuir como facilitador e indutor desse processo econômico. O papel da iniciativa privada nesse sentido é fundamental e o prefeito Luiz Fernando Machado reconhece isso.

A Unidade Governo e Finanças também afirma que está sendo criado um ecossistema de inovação para melhorar a qualidade de mão de obra em Jundiaí. De qual mão de obra está se falando? Trabalhadores braçais? De nível escolar médio?

O projeto que cria um ecossistema de inovação visa a fomentar o ambiente econômico e, para tanto, é necessário melhorar a qualificação da mão de obra, o que, naturalmente, gera salários mais elevados do que a média do país.

O que é um ecossistema de inovação?

A proposta visa identificar espaços públicos e de interesse público na cidade e transformá-los em clusters de inovação, com capacidade para o desenvolvimento de novas tecnologias, geração e difusão de conhecimento, incubação de startups e coworking. A ideia é formar um novo ecossistema de inovação, associado ao Programa Jundiaí Cidade Inteligente, além de despertar o interesse das cadeias produtivas globais.

Entre os locais e órgãos que podem integrar o projeto Campus Jundiaí, pode-se citar a Etec Benedito Storani, Complexo Fepasa, Estação Juventude, Base Ecológica, Complexo Argos, Rede TVTEC, DAE, Parque da Cidade, Faculdade de Medicina de Jundiaí e a Escola Superior de Educação Física (Esef), entre outros. Há casos em que a implementação pode ser mais rápida, como, por exemplo, um espaço de coworking de empresas de desenvolvimento de games e de app para celulares na Estação Juventude, no Complexo Fepasa. São várias propostas que começam a ser analisadas.

Mais escolas? Mais cursos? A partir de quando? Onde? Quais áreas? Para quantas pessoas?

Sim. A ampliação da capacitação da população por meio da oferta de cursos técnicos e profissionalizantes em várias áreas faz parte do projeto, que será implantado durante os quatro anos de gestão. No último dia 9, por exemplo, foi lançada oficialmente a TVTEC, com foco na qualificação e geração de emprego. A TVTEC é a primeira escola de tecnologias digitais e produção audiovisual pública-municipal em parceria com o Centro Paula Souza. Seus cursos, que já foram lançados, tem foco na área de audiovisual e mídias sociais. São gratuitos, rápidos, presenciais e voltados à economia criativa. Sessenta vagas foram oferecidas na primeira etapa e há previsão de abertura de novas turmas em breve.

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