Foram seis horas de trilha ida e volta saindo da hidroelétrica de Cusco até a cidadezinha de Águas Calientes, onde fica uma das montanhas mais famosas do mundo: Machu Picchu. Depois andamos mais 1h30 subindo as escadarias dos incas e mais três horas de caminhada conhecendo a história do local. Perdi as contas de quantos quilômetros andei em dois dias, mas ao me deparar com Machu Picchu, ao vivo e a cores – e que cores! – faria tudo de novo!

Um dos lugares mais visitados e icônicos do mundo, Machu Picchu, no Peru, requer um planejamento de viagem para não virar um “perrengue”. De cara, essa é uma viagem de aventura, para quem gosta de caminhar por montanhas, vales, e dormir em barracas. Há duas formas de se chegar a Machu Picchu, por trilha ou de trem. Eu escolhi a trilha, são 10 km por uma estrada quase plana, seguindo a margem do rio Urubamba e do trilho do trem. Essa caminhada demora entre duas a três horas. E caso não tenha fôlego para prosseguir a pé, tem a opção de comprar o ingresso de trem, que custa em média US$ 150 ida e volta. A caminhada é cansativa! É aconselhável realizar alongamentos antes, muita água para hidratar e lanches leves para encarar a trilha.

Águas Calientes é um vilarejo muito acolhedor, com comidas típicas e pessoas simpáticas. Porém, não há nada para fazer lá, além de comer e dormir. Portanto, recomendo que você chegue à cidade por volta das 19 ou 20 horas, para que dê tempo jantar, comprar o bilhete do ônibus que sobe para Machu Picchu (sim, tem que pegar mais um micro-ônibus que sobe a montanha em 20 minutos, ou você pode subir a pé que leva cerca de 1 hora e meia), e depois vá para o hotel descansar, pois o dia seguinte começara cedo.

O melhor horário para chegar em Machu Picchu é quando os primeiros raios solares surgem pelas montanhas e iluminam a cidade. Para ter essa experiência, acorde cedo! Levante às 4 da manhã, tome café-da-manhã às 4h30 e começa a trilha por volta das 5h da madrugada. Mochila nas costas, um tênis confortável, calça não muito pesada e um lanche leve com frutas (isso é importante, pois as coisas são bem caras lá), protetor solar, óculos de sol, passaporte e RG na mão e pé na estrada, ‘bora’ fazer a caminhada de 1h40 pelos degraus do “império inca”.

Dicas para uma boa viagem:

Como comprar o ingresso para Machu Picchu – Ainda no Brasil, depois de marcar a data da viagem é muito importante realizar a compra do ingresso para Machu Picchu. A necessidade de comprar com antecedência é que o número de visitantes por dia é limitado, caso você optar por subir para Huaynapicchu é ainda mais limitado, evite ir a Machu Picchu aos domingos, pois há uma quantidade maior de visitantes devido aos peruanos terem uma tarifa especial.

Ficar em Cusco – Quando se fala em conhecer Machu Picchu, visitar Cusco é obrigatório, pois acaba sendo a base, por ser uma cidade com bons hotéis, ótima gastronomia, uma boa vida noturna (bares com happy hour até as 2 da manhã e baladas onde não se paga pra entrar) e, além disso, existem vários sítios arqueológicos nas redondezas e acaba sendo o ponto de partida para vários tours e passeios. Tudo isso acontece em volta da famosa Plaza das Armas, por isso fique hospedado nas proximidades. Para quem gosta de compras, Cusco tem vários lugares de artesanatos, roupas e artigos de prata com preços muito bons.

Evitando o mal da altitude – Se você não quer perder nenhum dia de viagem, previna-se! Tome muito chá de coca. Devido à altitude, cerca de 3.500 metros, qualquer atividade física cansa. Desde tirar a mala do carro até andar alguns metros, você já sente um cansaço. Também em decorrência da altitude, algumas pessoas sentem mal estar, com ânsia, dores de barriga e diarreia, por isso aproveite o chá de coca que é oferecido como cortesia nos hotéis. Caso você queira se prevenir ainda mais, pegue três folhas de cocas, as mais verdes que tiver, e masque-as como chicletes logo que chegar em Cusco. Para quem gosta de beber, tome cuidado, pois também devido à altitude, fica mais fácil ficar bêbado, o que é bom, pois gasta-se pouco com bebidas, mas pode estragar a visita!

Passeios antes de Machu Picchu – Existem outros passeios que são incríveis e que se tornam obrigatórios se você quiser conhecer um pouco mais da cultura Inca. Em nossa passagem por Cusco fizemos dois passeios: Vale Sagrado e City Tour, e para fazê-lo é necessário comprar um boleto turístico que custa cerca de 140 Soles e mais 30 Soles por passeio, incluso o ônibus e guia. O Vale Sagrado é um passeio que leva o dia inteiro, e você conhece Ollantaytambo e Pisaq, que são vilarejos que possuem ruínas da civilização Inca com vários mistérios e histórias, além de render várias fotografias de incríveis paisagens. O City Tour leva meio período e você conhece os lugares ao redor de Cusco com ruínas e outras histórias. Ambos têm que ser feitos antes de visitar Machu Picchu, pois todos os lugares possuem uma ligação com Machu Picchu, e você poderia perder um pouco do interesse.

Guia para explorar Machu Picchu – Não se preocupe em contratar um guia antes de chegar em Machu Picchu, na entrada terão vários guias a todos os horários, e você pode escolher em realizar o tour em grupo de 10 pessoas em média (fica mais barato) ou sozinho. Em grupo o valor por pessoa é por volta de 30 Soles (25 reais), duração de 2 horas. O grupo opta pelo idioma inglês ou espanhol. O guia explica a história dos Incas e o significado de espaço, vale muito à pena.

Quando ir para Machu Picchu – A melhor época para conhecer o parque vai de maio a setembro, pois a probabilidade de chuva é menor. Dentro destes meses, junho e julho são os melhores para conhecer o legado Inca, já que a probabilidade de precipitação é menor ainda.

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