A exposição de arte contemporânea A Luz e o Além, da artista ítalo-brasileira Ana Paula Torres, será inaugurada no próximo dia 2 de junho, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em homenagem ao dia nacional da Itália e ao dia do “Cidadão Ítalo-Jundiaiense”. A pinacoteca fica na rua Barão de Jundiaí, 109, centro. A entrada é gratuita.

Através das cores e formas abstratas das pinturas, a artista pretende dialogar com o visitante, promovendo emoções, impressões e reflexões sobre temas relacionados à existência humana. É uma homenagem aos italianos que imigraram para o Brasil em busca de melhores condições de vida, sobretudo no final do século XIX e no início do século XX. Mas é também uma reflexão sobre a atualidade, que vê a Itália como porta de acesso à Europa, para migrantes que atravessam o mar Mediterrâneo em barcos infláveis.

Para esta exposição, a artista optou por experimentar novos materiais como o café moído e a juta do saco de café, além do acrílico, pasta acrílica e areia. As obras expressam sentimentos, vibrações e reflexos dos caminhos humanos, das mãos que trabalham, que produzem. As mãos da artista, as mãos dos trabalhadores que plantam, coletam e preparam o café. O café que trouxe centenas de milhares de italianos ao Brasil para trabalhar nas lavouras. O café que ainda hoje sai do Brasil para chegar às xícaras dos italianos. Café que é aroma e sabor de casa, onde quer que ela seja, na própria terra, ou na segunda pátria.

Alguns comentários sobre a obra da artista – “Ana Paula Torres nos presenteia com uma exposição que a partir de cores, texturas e formas nos permite mergulhar num universo de sensações das quais não sairemos indiferentes. Todos nós temos em nossa história de vida pessoas que de alguma maneira e por algum motivo migraram, imigraram ou simplesmente se viram obrigadas, mesmo que involuntariamente, a seguir seus destinos. Essa gama de cores e emoções que compõem a história de cada um pode ser observada, e mais do que isso, sentida nos trabalhos dessa encantadora artista.” (Marcelo Peroni, Gestor de Cultura de Jundiaí)

“Em suas pinturas a luz assume um papel decisivo a tal ponto que transfigura o dado real, em alguns casos chega a deflagrá-lo, tornando-o irreconhecível, para depois recompô-lo, sem que nossa memória ativa perceba dissonâncias. O que parece não ter sentido, de repente nos tranquiliza e nos conduz a outra dimensão, estranhamente familiar,  que nos permite superar a distância entre corpo e alma, entre finito e infinito, entre a realidade e as ilusões conscientes, e alcançar, seguindo a própria parte mais profunda, o grande valor da liberdade espiritual.” (Maurizio Vanni, curador científico da exposição).

“Com um estímulo criativo em constante evolução e com o instinto que inevitavelmente se sobressai à razão, para Ana Paula Torres vale certamente o que foi dito por Henri Matisse, para quem “A cor, talvez mais do que o desenho, é para mim uma libertação”. Uma pesquisa que a artista conduz em plena liberdade de expressão, livre para emocionar-se e emocionar.” (Franco Crocco, artista e docente na Scuola d’Arti Ornamentali de Roma). (Da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí).

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QUEM QUER TRÊS PARES DE INGRESSOS PARA HAN SOLO???