Mesmo retraído e sentindo os efeitos da recessão na nossa economia, o mercado automotivo vem evoluindo ano a ano. As fabricantes se esforçam em buscar projetos que caiam no gosto do consumidor e criem a tentação de desembolsar valores cada vez maiores para ter o prazer de dirigir o carro que sempre quis ter na garagem. E são os crossoveres, carros que unem o conforto dos sedãs e a versatilidade dos utilitários esportivos, que vem fazendo a cabeça dos consumidores brasileiros. Entre as boas opções no mercado, está o Hyundai Creta, que compartilha a plataforma do Hyundai Elantra. O modelo, que nasceu na China como ix25, e foi rebatizado de Creta, para ser vendido nos mercados emergentes, chegou ao Brasil em 2016.

Quando foi lançado, o Creta era oferecido com motores 1.6 e 2.0 e com transmissões manual de 6 marchas ou automática. Até então, apenas a versão topo de linha Prestige contava com o motor NU 2.0, que tem preço sugerido de R$ 102.580. As demais versões do modelo, batizadas de Attitude, Pulse e Pulse Plus, usam o motor Gamma 1.6 litro do Elantra, que tem preços que começam em R$ 76.350. Foi pensando em encurtar a distância em relação às opções 1.6, que a marca criou o Creta Sport, que usa o mesmo motor e câmbio automático do modelo Prestige, porém com uma oferta de equipamentos mais enxuta e um visual diferenciado. Uma tremenda sacada do pessoal da área comercial, já que o preço do modelo ficou R$ 6 mil mais caro que o Creta Pulse Plus 1.6e R$ 6 mil mais em conta que a versão topo de linha, e é vendida a partir de R$ 96.350.

Apesar de o Creta Sport carregar um visual mais esportivo o motor 2.0 flex, de 166 cavalos, não empolga. O desempenho é bom, mas o toque de esportividade fica mesmo por conta da aparência.

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Visual diferenciado – A diferença em relação ao Prestige fica por conta do visual com peças escurecidas. É o caso da grade dianteira, que no modelo mais completo é cromado e no Sport passa a ser em preto brilhante.  O black piano, como é chamado esse tipo de acabamento, também se repetenas barras do teto, retrovisores e nos apliques dos para-choques dianteiro e traseiros. Um dos principais diferenciais do modelo está no enorme spoiler de teto traseiro, que reforça o apelo esportivo do carro.

As rodas de liga com 17 polegadas, calçadas com pneus 215/60, têm acabamento diamantado, que une detalhes em preto brilhante e cromo. Os faróis com lâmpadas LED, trazem máscara escurecida. No interior, os bancos têm as partes externas em couro e o centro em tecido.

Quando o assunto é segurança passiva, o Creta Sport ficou mais pobre. Apesar de trazer controles de tração e de estabilidade (ESP), o modelo não herdou os airbags laterais, do tipo cortina, ainda exclusivos da Prestige.

Mesmo assim, o pacote de equipamentos é bem completo, incluindo direção elétrica, ar-condicionado digital, com saídas para o banco traseiro, multimídia de 7 polegadas, com espelhamento para smartphones Apple ou Android, vidros elétricos de acionamento com um toque, sensor crepuscular, câmera de ré,computador de bordo, controle de velocidade de cruzeiro e volante multifuncional revestido em couro.

Ao volante – Mesmo não oferecendo um desempenho esportivo, como sugere o nome da versão, o motor de 2 litros e 166 cavalos dá conta do recado. Rodando na cidade, o utilitário mostra um bom fôlego nas arrancadas, retomadas de velocidade e nas ladeiras. O conjunto motor/câmbio automático, é bem afinado com trocas suaves e respostas rápidas. A transmissão de seis velocidades trabalha privilegiando o conforto e apenas fica devendo, já que estamos falando de uma versão esportiva, das borboletas para trocas de marchas atrás do volante. As trocas sequenciais podem ser feitas apenas na alavanca.

Mesmo se tratando de um carro com carroceria e suspensão mais altas, o Creta é um carro muito confortável, que roda macio filtrando todas as irregularidades do piso. Graças ao bom ajuste da suspensão, o rodar suave não compromete a estabilidade, mantendo a carroceria firme nas curvas.

O resumo da ópera. Mesmo com o visual meio retrô da carroceria quadradona, o Hyundai Creta Sport é uma boa alternativa para quem busca um crossover confortável, de excelente acabamento e mecânica confiável. Ele é uma boa opção para quem busca um SUV compacto abaixo dos R$ 100 mil. (©2018 Joaquim Rimoli | AutoMotori)

Ficha Técnica

Motor: Hyundai NU Flex, 2.0 litros, quatro cilindros em linha, 16V, duplo comando variável de válvulas.

Potência: 166/156 cv a 6.200 rpm

Torque: 20,5/19,1 kgfm a 4.700 rpm

Transmissão: Automática de seis marchas, tração dianteira

Direção: Elétrica

Suspensões: Independente McPherson, na dianteira e com eixo de torção na traseira.

Freios: Discos ventilados (dianteira) e tambores (traseira)

Pneus: 215/60 R17

Peso: 1.399 kg

Comprimento: 4,27 m

Largura: 1,78 m

Altura: 1,63 m

Entre-eixos: 2,59 m

Tanque: 55 litros

Porta-malas: 431 litros





O Test Drive é uma parceria entre o Jundiaí Agora(www.jundiagora.com.br)  e o Automotori(www.automotori.com.br), site do jornalista Joaquim Rimoli, especializado em veículos, motocicletas e tudo que tenha motor. Confira o Automotori clicando aqui.

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As galinhas, a onça e a guerra das marcas de luxo…

Hoje vamos relembrar uma guerra entre duas fabricantes de carros de alto luxo. De um lado do ringue, a alemã Mercedes-Benz, sinônimo de carros de luxo. Do outro, a não menos tradicional Jaguar, uma das marcas inglesas famosas pelos seus esportivos e que hoje é controlada pelos indianos da Tata Motors.

A briga, com um toque de molecagem dos publicitários da Jaguar, aconteceu em 2013, quando a marca inglesa, que tem como símbolo uma onça, resolveu soltar as feras contra a concorrente alemã, que havia acabado de lançar um comercial usando galinhas dançando ao som de ‘Upside Down’, um hit dos anos 70, na voz de Donna Summer, para mostrar o novo sistema de estabilidade usado em seus veículos.

Em seu comercial, a Mercedes explicava o funcionamento do mecanismo e valorizava a estabilidade dos seus veículos. Para ilustrar, o filme fez uma analogia com as galinhas, que mantém a cabeça parada mesmo quando o corpo está em movimento.

Sem perder a chance de dar o bote, o comercial traquina da Jaguar reproduz o mesmo cenário, com as galinhas dançando nas mãos de um engenheiro. Até aí, beleza… De repente, voam penas para todo lado, como se uma onça pintada, com cara de poucos amigos tivesse atacado e em seguida arremata com o slogan: “Controle mágico do corpo? Nós preferimos o reflexo dos felinos”.

Uma baita sacada! Para valer a pena, sem trocadilhos, colocamos os dois filmes na sequência: primeiro o da Mercedes e, logo depois, o da Jaguar para você entender a história e se deliciar com essa molecagem. Divirta-se! (©2018 Joaquim Rimoli | AutoMotori):