Já estamos em agosto e a Feira da Amizade de 2017 ainda é uma indefinição segundo informações da própria Prefeitura. Lembrando que o evento ocorreu em setembro, nos últimos anos.
Tenho a impressão que a atual gestão vai enrolar, enrolar e inventar algum motivo para não realizar a Feira ou tentar colocar alguma outra coisa no lugar. Mudar o nome e o formato, sei lá, alguma coisa que apague na lembrança das pessoas essa que é uma boa realização do governo anterior. Quem perde? A população. É cruel, mas tem sido a forma de agir do atual governo.
Já falei e repito “eles rezam a cartilha do marketing” onde a principal ação desse governo em 2017 é destruir o anterior. Assim não constroem nada.
Mas espero que mudem de ideia. A Feira da Amizade é antes de tudo uma “celebração” entre a população e as entidades que ajudam as pessoas . É como se milhares de cidadãos de reunissem para agradecer o trabalho, muitas vezes voluntário, de pessoas que se dedicam ao outro.
Um evento que nasceu do amor de Dona Mercedes Ladeira Marchi pela sua filha Martha que tinha Síndrome de Down. Esta senhora e seu esposo, senhor Osvaldo, criaram a Feira em 1969 para que as pessoas exercitassem a palavra SOLIDARIEDADE.
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Os tempos mudaram, eu sei. As entidades se profissionalizaram, as exigências são outras. Mas a palavra SOLIDARIEDADE deveria continuar presente nas nossas vidas.
Quando a minha esposa Margarete sugeriu a recriação da Feira da Amizade, após 15 anos sem realização, algumas pessoas diziam que era melhor dar o dinheiro do custo de montagem do evento para as entidades e não realizar o evento. O argumento: “daria tudo na mesma”. Justificávamos que a Feira além de gerar bons recursos financeiro, permitia que muitas entidades ficassem conhecidas do grande público o que facilitaria doações posteriores. Em 2016 foram 21 entidades participantes. Além disso, o evento abria possibilidades para apresentação de artistas locais (mais de 100 atrações artísticas) e gerava entretenimento aos jundiaienses no Parque Comendador Antônio Carbonari, o Parque da Uva.
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Todos esses argumentos são verdadeiros. Mas, no fundo, o que a minha família desejava e certamente a família de Dona Mercedes também, era a utopia de um mundo mais solidário e preocupado com o outro, algo tão difícil nos dias atuais. Acho que conseguimos, por isso a Feira Da Amizade de Mercedes e Margarete – as duas na foto acima – deu certo, porque tinha alguma “coisa” a mais que um simples evento.
PEDRO BIGARDI
É jundiaiense, 57 anos, engenheiro civil, casado com Margarete e pai de Patricia, deputado estadual (2009 – 2012) e prefeito de Jundiaí (2013 – 2016).