Cúria e sindicatos farão hoje VIGÍLIA pelos trabalhadores e aposentados

A Cúria Diocesana de Jundiaí, em parceria com o Movimento Intersindical Unificado de Jundiaí e Região, Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal(Anfip), Cáritas e o Fórum de Pastorais, fará uma grande vigília em defesa dos direitos dos trabalhadores e aposentados hoje. A concentração será no Coreto da Catedral.

A vigília terá início às 19h30, na praça do Coreto da Catedral Nossa Senhora do Desterro. O Padre Leandro Megeto, chanceler da Diocese, informa que todas as entidades envolvidas no movimento encaminharão documento ao deputado Miguel Haddad (PSDB) pedindo que ele vote contra a Reforma da Previdência. No dia 22 de março, Haddad votou de forma favorável à terceirização. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do Movimento Intersindical.

O evento foi idealizado durante debate realizado no auditório da Cúria Diocesana no final do mês passado(foto abaixo), que teve a terceirização e as reformas trabalhista e previdenciária como temas principais. O evento surgiu de um convite do bispo diocesano de Jundiaí, Dom Vicente Costa, como oportunidade para o Movimento Intersindical Unificado esclarecer às lideranças pastorais o que de fato representam as reformas impostas pelo governo de Michel Temer. “Estamos unidos à CNBB nessa causa justa contra reformas que tendem a penalizar a população e, principalmente, os mais pobres”, disse Dom Vicente em reunião realizada em abril com os sindicatos.

VIGÍLIA

Representando a Cáritas, Rodrigo Mendes Pereira, doutor em Serviço Social, destacou as três notas publicadas pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil. “A CNBB tem grande preocupação com a desconstrução dos direitos sociais e do estado democrático e de direito. O que está acontecendo é um desmonte porque não tem há legitimidade nesse processo”. Segundo ele, as reformas estão transformando proteção social em mercadoria. “Trabalhador não é mercadoria e por isso a CNBB apoia as mobilizações pacíficas em defesa dos direitos sociais e da dignidade humana”.

Fé Juncal, presidente da Associação dos Aposentados, e Paulo Matsushita, da Anfip, Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, abordaram a reforma da Previdência. Fé Juncal disse que a Reforma atualmente beneficia mais de 90 milhões de brasileiros, que contribuem por anos para a obtenção do direito. “Já tivemos uma reforma que achatou nossos benefícios com o fator previdenciário. O que estão propondo agora é ainda mais perverso, porque vai aumentar o abismo social que já existe em nosso país”.

“Não há déficit na Previdência e falta transparência no debate público”, disse Paulo Matsushita, abordando a DRU (Desvinculação da Receita da União) criada de forma provisória e acabou tornando-se efetiva, permitindo a retirada de 30% de recursos das áreas da Saúde e Assistência Social para pagamento de juros da dívida pública. “Se há déficit, como o governo consegue retirar R$ 23 bilhões do caixa da Seguridade Social para usar como bem entende? Esse dinheiro é o equivalente a 10 anos do orçamento de Jundiaí”, revela.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Eliseu Silva Costa, disse que a entidade já coletou e encaminhou milhares de assinaturas ao senador Paulo Paim (PT). “Exigimos que apurem o caixa da Previdência e provem que há déficit. Se de fato precisar de uma reforma, que seja de forma clara e transparente, com participação da sociedade”, afirma. (fotos: Equipe Tarantina)

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