Moradora de Jundiaí responderá por 17 CRIMES ELEITORAIS

Na denúncia apresentada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre o caixa 2 criado para a campanha do prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior (PSDB) , o procurador Pedro Barbosa Pereira Neto não deixou dúvida sobre a participação de Ana Maria Comparini Silva, idosa que mora em Jundiaí. Segundo ele, Ana e a filha, Rita de Cássia Silva, não podem ser consideradas ‘laranjas’ já que sabiam de todo o esquema. As duas responderão por 17 crimes eleitorais cada e também por organização criminosa.

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De acordo com o documento, Rita é funcionária da Globo Contabilidade, empresa que cuidou de todos os valores da campanha de Auricchio. A campanha o levou à Prefeitura de São Caetano(foto). No primeiro semestre de 2016, o esquema – de acordo com o procurador – já estaria sendo colocado em prática. A conta de Ana Maria e da filha recebeu depósito de R$ 142 mil na boca do caixa. Só que a idosa é beneficiária da Previdência Social e mora no Fazenda Grande. Nem ela, assim como a filha, teriam dinheiro para fazer doações para políticos. “Elas são peças importantes e estavam no núcleo operacional da organização criminosa. Rita trabalha há mais de 20 anos na Globo Contabilidade. Ana Maria frequentava a empresa com frequência”, registra a denúncia. A Globo pertence a Eduardo Abrantes que controlava a conta bancária. Ao ser questionada, Ana Maria disse não saber de onde vinha o dinheiro.

No total, sete pessoas foram denunciadas, incluindo mãe e filha, prefeito e vice-prefeito de São Caetano do Sul. A Procuradoria Geral Eleitoral quer que a restituição de R$ 1.332 milhão por danos morais e R$ 5 milhões por danos materiais ao estado democrático, à República. Também é citada a perda das funções políticas de Auricchio e do vice.