Vivências com a “BELA E A FERA”

Vivências com a “Bela e a Fera” é o assunto deste ano na Casa da Fonte, projeto socioeducacional da Companhia Saneamento de Jundiaí – CSJ. A escolha do tema se deu em janeiro e, desde aquele mês, a Bela e a Fera se tornaram presença nas aulas de dança, ginástica artística e rítmica, português, matemática, música… Consideramos educativo entrar no clima dos contos de fada e de outros contos para estimular a esperança e se fazer aceno da importância da bondade em um mundo tão conturbado.

Desde a antiguidade, existem histórias em que coisas inverossímeis acontecem e que são passadas oralmente de geração em geração. Normalmente, o objetivo é o de se tocar em assuntos importantes para cada época.

A primeira versão de “A Bela e a Fera” foi escrita pela francesa Jeanne-Marie LePrince de Beaumont, em 1756. De acordo com Karin Hueck, no livro “O Lado Sombrio dos Contos de Fada” – Editora Abril -, o conto tem uma moral clara e bem didática para as moças que o liam na época. Não adianta sonhar com um príncipe galã e intelectual se ele for um péssimo marido: mais vale ficar com um esquisitão que trate você bem. Bela, ao ver a Fera desfalecida, reconhece que ele possui as melhores qualidades: virtude, doçura de temperamento e complacência.

Em uma sociedade tão feita de aparências e de faz-de-conta que se é feliz; em uma sociedade que facilmente exclui e a afasta, “A Bela e a Fera” pode ser uma resposta ao vazio existencial: sair da superficialidade e ir ao encontro da essência do ser humano; redescobrir os encantos que todo ser humano contém.

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Essa experiência se transformou, na Casa da Fonte, em um musical: “Os Encantos da Bela e a Fera”. Será apresentado, na próxima segunda-feira, dia 13 de novembro, a partir das 14hs, no palco do Teatro Polytheama, com entrada franca. Mas teremos também outros encantos, vindos das EMEBs “Cléo Nogueira Barbosa” e “Ivo de Bona”, das Escolas Estaduais “Dom Joaquim Justino Carreira” e “Alessandra Cristina Rodrigues Pezzato”, dos Centros Esportivos “José De Marchi” e “Romão de Souza” (convidado especial).

Gostaríamos muito de contar com sua presença, prestigiando as meninas e os meninos que vêm de 20 km de distância, do Jardim Novo Horizonte e entorno. Mostrarão, no palco do Polytheama, os seus valores e anseios, como desejava a inesquecível arquiteta Lina Bô Bardi, que fez o projeto de sua restauração/revitalização a fim de que fosse um espaço para os que habitam a cidade na proximidade e na distância.

Venha conosco! Segunda-feira próxima, às 14 horas, no Polytheama.


MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE

Com formação em Letras, professora, escreve crônicas, há 40 anos, em diversos meios de comunicação de Jundiaí e, também, em Portugal. Atua junto a populações em situação de vulnerabilidade social. Acesse o Facebook de Cristina Castilho.