Cenário Econômico: ações da PETROBRÁS desvalorizam 22,65%

Mais uma semana difícil para o nosso índice, o Ibovespa. No fechamento dessa semana, tivemos desvalorização de 5,04% em 78.898 pontos. O que influenciou nessa derrocada foram as ações da Petrobrás após a “crise dos combustíveis”. As ações preferenciais da Petrobrás (PETR4) tiveram forte desvalorização de 22,65% apenas nessa semana, sendo cotada a R$19,80. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Acordo – Após uma intensa discussão de sete horas, o Governo e associações que representam caminhoneiros chegaram a um acordo que a greve da categoria ficaria suspensa por 15 dias. Na proposta, o governo assumiu alguns compromissos: reduzir a zero a alíquota da CIDE, sobre o óleo Diesel; manter uma redução de 10% no valor do diesel a preços na refinaria; assegurar o período minimo de 30 dias para os reajustes; manter atualizada trimestralmente a Tabela de Referência do frete do serviço de transporte remunerado pela ANTT.

Diesel – A mudança na política de preços do diesel, foi um dos acordos do governo com a Petrobrás para colocar fim à paralisação dos caminhoneiros. A proposta é de congelar os preços por 30 dias, que atualmente é reajustado diariamente levando em consideração a cotação do dólar e o valor do barril de petróleo. Com o reajuste mensal, o governo pagará a diferença entre o preço que será fixado e o valor de mercado praticado pela Petrobrás.

CNTA – A Confederação Nacional de Transportadores Autônomos (CNTA) que representa cerca de 1 milhão de caminhoneiros em 120 entidades, divulgou que levaria as as propostas feitas pelo governo para cada grupo de manifestantes em seus sindicatos.

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Intervenção Militar – Em pronunciamento no começo da tarde de ontem (25), o presidente Michel Temer disse que o Governo atendeu a 12 reivindicações de representantes dos caminhoneiros em troca de 15 dias de suspensão da greve. Temer disse que acionou um plano de segurança que inclui o uso de tropas federais para desbloquear estradas se os protestos não cessassem nos 24 Estados e no Distrito Federal.

Fim da greve? Em nota, o presidente da ABCAM (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), José da Fonseca Lopes, pediu que os caminhoneiros envolvidos nas manifestações acabassem com as interdições nas rodovias, mas mantendo uma manifestação pacífica. Disse ser lamentável a postura do Governo, pois desde outubro de 2017 estavam na expectativa de serem ouvidos e esse atraso foi uma das causas do caos que vivemos hoje.


DIOGO YAMASSAKE

Profissional do Mercado Financeiro certificado pela Comissões de Valores Mobiliários(CVM) e PQO BM&F Bovespa. E-mail – diogo.yamassake@wiseadvisors.com.br